quinta-feira, 31 de março de 2011

Caracteristicas dos Meus Jogadores

CARACTERIZAÇÃO DOS JOGADORES NO MEU MODELO

CARACTERÍSTICAS DOS GUARDA REDES

- ESTATURA MÉDIA ALTA
- BOAS MÃOS
- AGILIDADE
- BOM POSICIONAMENTO
- BONS TÉCNICA DE PÉS
- COMUNICATIVO
CARACTERÍSTICAS DOS LATERAIS

- FORTES DEFENSIVAMENTE
- BOA ARTICULAÇÃO COM O MÉDIO ALA, MÉDIO INTERIOR E PONTA
DE LANÇA
- EVOLUÍDO TECNICAMENTE
- RÁPIDO
- SENTIDO DE PROFUNDIDADE

CARACTERÍSTICAS DOS DEFESAS CENTRAIS

- BOA LEITURA DE JOGO
- RÁPIDO
- BOM NAS COMBINAÇÕES DEFENSIVAS
- FORTE NA MARCAÇÃO HXH
- BOM JOGO DE CABEÇA
- BOA ESTATURA
- EQUILIBRADO TÉCNICAMENTE
CARACTERÍSTICAS DOS MÉDIOS DEFENSIVOS/OFENSIVOS

- CAPACIDADE DE ENQUADRAMENTO COM A
SEGUNDA MARCAÇÃO
- DIAGONAIS DEFENSIVAS / COSTAS DOS
LATERAIS
- QUALIDADE DE PASSE (CURTO E LONGO)
- CUIDADOS NA APROXIMAÇÃO (PRESSING)
NA ZONA DE MEIO CAMPO
- COORDENAÇÃO DO JOGO (ORGANIZAR,
PAUTAR, LER)
CARACTERÍSTICAS DOS MÉDIOS ALA

- BOA LEITURA DE JOGO
- FORTES NO 1X1
- EXCELENTE TÉCNICA INDIVIDUAL
- VELOCIDADE DE EXECUÇÃO
- BOM CRUZAMENTO
- BONS FINALIZADORES
CARACTERÍSTICAS DOS PONTAS DE LANÇA

- BOA CULTURA TÁCTICA
- COMPENSAÇÃO DAS LINHAS ATRASADAS
- PREOCUPAÇÕES NAS SUBIDAS DOS LATERAIS
CONTRÁRIOS
- MOBILIDADE A TODA A LARGURA OFENSIVA
- PROFUNDIDADE OFENSIVA, IMPROVISAÇÃO
E CRIATIVIDADE
- RÁPIDO
- EQUILÍBRIO ATACANTE
- EQUILÍBRIO DEFENSIVO
- MOVIMENTOS SEM BOLA
- RECEPÇÃO E SEGURANÇA DA BOLA
CONCLUSÃO FINAL
- INTERCÂMBIO CADA VEZ MAIOR DAS
POSIÇÕES DOS MÉDIOS
- MAIOR PROFUNDIDADE DOS DEFESAS
- EQUILÍBRIO DAS ACÇÕES OFENSIVAS E
DEFENSIVAS
- POLIVALÊNCIA DAS FUNÇÕES DA EQUIPA
( A RECUPERAR, ATACAR E FINALIZAR )
- DOMÍNIO DOS PRINCÍPIOS DO ATAQUE E
DEFESA POR PARTE DE TODOS OS JOGADORES
- BOLA COMO COMPANHEIRO MAIS RÁPIDO
- ARTE DE JOGAR SEM BOLA

O Futebolista e as Capacidades Físicas

O futebol é um desporto colectivo de cooperação/oposição, de espaço comum e participação simultânea. É um desporto situacional, que engloba um conjunto diversificado de situações carregadas de grande variabilidade e incerteza. Sendo um desporto de situação, os comportamentos estão sempre condicionados pelo contexto. As habilidades definem-se como abertas, contínuas e acíclicas, nas quais se produz uma interacção activa entre os participantes, favorecendo a aplicação combinada dos
elementos técnicos, coordenativos, tácticos, estratégicos, físicos condicionais e emotivos.
É um jogo disputado por duas equipas, que se envolvem numa luta permanente pela conquista da posse da bola, em completa interacção com os companheiros e condicionada pelas relações antagónicas de ataque/defesa. É uma modalidade de “alta exigência táctico-estratégica e predominantemente perceptivo-decisional. Ou seja, o jogador de futebol, durante o jogo, é confrontado com um número elevado de opções e decisões a tomar. Deve fazê-lo num tempo mínimo e inserido num contexto
caracterizado por uma grande instabilidade e perante estímulos aleatórios e imprevisíveis.
No futebol actual, a qualidade do processo de tomada de decisões define o nível de qualidade de qualquer jogador. Sem uma correcta tomada de decisão do que supostamente deveríamos fazer, de pouco serve a velocidade de execução de qualquer gesto ou comportamento realizado. Seria como que “um chegar mais depressa ao sítio onde não devíamos”...
É por isso, muito importante para o processo de treino, falar de objectivos óptimos e não de objectivos máximos. Terá mais sentido em falar de uma velocidade útil, de uma força útil, do que de velocidade máxima ou força máxima.

EXIGÊNCIAS DO FUTEBOL DE ALTO NÍVEL

Os esforços produzidos têm um carácter descontínuo, de intensidade variável e manifestam-se de forma aleatória.
Verificam-se, igualmente, situações de pausa relativa, com recuperações variáveis. Os movimentos básicos realizados no futebol são fundamentalmente os remates, as corridas, as saídas rápidas ou sprints, os saltos, as mudanças de direcção, as rotações, as fintas e as acelerações e desacelerações, sendo que a maioria das mesmos se realizam em distancias curtas entre os 5 e os 15 metros, nas quais se deve acelerar e desacelerar, com grande intensidade.
Podemos assim, dizer, que numa equipa de futebol existe uma relação directa entre a qualidade do jogo produzido e a quantidade das acções explosivas de alta intensidade, decorridas durante o
mesmo. As acções mais determinantes do jogo realizam-se, efectivamente, a velocidades elevadas.
O factor Velocidade e/ou Comportamento Veloz poderá ser considerado o núcleo central do treino do jogador de alto rendimento, porém, paradoxalmente, chegamos a esse núcleo por outras vias que não correspondem ao treino directo da velocidade. Isto é, melhoramos a velocidade através do trabalho da
Força, da Flexibilidade, da Propriocepção e da Coordenação. Apenas um número mínimo de trabalho será realizado com métodos genéricos ou próprios desta qualidade.
Ou seja, as acções realizadas à máxima velocidade, duram muito pouco tempo, mas são decisivas no jogo. Esta capacidade que permite realizar acções de grande velocidade é que distingue os jogadores de alto nível para os de menor nível. Para aumentar a velocidade de execução destas acções e, especialmente para evitar que a referida velocidade ou comportamento veloz diminua com a idade, é muito importante treinar a Força do futebolista ( força explosiva, para remates e sprints; força isométrica máxima , para “tacles”; força excêntrica, para desacelerações, para saltos, etc…
A Força é a capacidade funcional base de todas as demais, sendo
que o sistema muscular é capaz de produzir força que se manifesta em circunstâncias, às vezes definida como Velocidade e noutras ocasiões manifestando-se como Resistência, mas que em ambos os casos não são mais que manifestações da capacidade de gerar Força. Podemos dizer, então, que a Força é o suporte condicional do futebolista.
Por outro lado, não devemos cair no erro associado à ideia redutora que faz da velocidade apenas “ o chegar antes de...”, já que no decorrer de um jogo verifica-se, efectivamente, que existem muitas
situações relevantes que exigem um determinado comportamento veloz, mas que o mesmo não passa, obrigatoriamente, por chegar antes do adversário. E assim se explica que nem todos os grandesjogadores tiveram necessidade de serem os mais rápidos ou velozes.
Não interessa tanto que determinado comportamento seja o mais rápido possível. O que é realmente importante é que esse mesmo comportamento seja o mais rápido possível mas enquanto for eficaz. Isto é , que seja eficaz à maior velocidade possível.

TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DO JOGO

O modelo actual da competição no futebol sofreu uma clara evolução no sentido de uma maior preponderância e exigência das acções e dos comportamentos velozes.
Contudo, no futebol não se compete para superar uma distância, ou um tempo, ou um adversário.
Compete-se para dar solução aos problemas criados pelo adversário e pela imprevisibilidade que a própria natureza do jogo vai criando.
A essência de uma tarefa de treino é ser um problema e por isso ela deve recriar uma situação semelhante à da competição. Estas “Tarefas Situacionais”, com grande semelhança com a realidade
competitiva, devem ser reconhecidas, antecipadas e superadas por meio de comportamentos e condutas que permitam aos jogadores/equipa, responderem de forma adaptada às situações/problema concretas do jogo.
A análise das Tendências Evolutivas do Jogo coloca-nos várias questões que deveremos analisar, aprofundar e delas retirar os ensinamentos, que a realidade concreta de cada contexto profissional, vai reclamando:
- O espaço de jogo real é cada vez mais reduzido, particularmente nas zonas de construção e finalização;
- A alternância de períodos de corrida lenta e média e mesmo de paragem, com esforços curtos, de grande intensidade e realizados à máxima velocidade, é cada vez mais frequente. Ou seja, o ritmo de jogo é cada vez mais elevado e alternado. Esta clara tendência que aponta para este aumento do ritmo de jogo, manifesta-se, não tanto para aumentos na distância total percorrida, mas sim no sentido de incrementar o número de situações próximas da intensidade máxima, as quais são, como já referimos, as mais determinantes e decisivas do jogo;
- A realidade referida nos pontos anteriores faz com que os mecanismos de percepção e decisão assumam uma importância determinante na expressão do jogo de alto nível.
É preciso captar e seleccionar a informação relevante de forma rápida; é preciso processar rápido, para que os mecanismos de tomada de decisão e posterior execução sejam também rápidos, eficazes e eficientes;
- No Futebol o desenvolvimento da estrutura condicional, será potenciada, pela sua exercitação em contextos táctico-estratégicos e técnico-coordenativos, nos quais os aspectos como a atenção, a
capacidade de discriminação da informação relevante e a qualidade decisional se constituem como factores que fazem toda a diferença na expressão do jogo de alto nível;
- Maior pressão temporal, decorrente de uma melhor e maior organização defensiva;
- A duração da fase ofensiva é cada vez mais breve (a maioria dos golos conseguem-se em acções cuja duração não ultrapassa 15 s;
- A importância das bolas paradas, com o consequente aumento da importância do jogo aéreo é cada vez mais evidente;
- A polivalência e o desaparecimento do jogador especialista é também uma tendência do futebol actual;
- A importância de um jogador universal, que domine as facetas ofensivas e defensivas nos diferentes sectores do campo, é uma mais valia evidente para as equipas de elite.
Ante o exposto deveremos analisar que tipo de consequências metodológicas devem ser consideradas, no sentido de dar sentido e coerência à construção das tarefas de treino:

- Capacidades Condicionais a privilegiar:

- Resistência à capacidade de aceleração e sprint

- Força-Velocidade

- Resistência à Força-Velocidade (Incremento de situações de 1x1)

- Capacidade de recuperação entre esforços de máxima intensidade

- Força Explosiva (Intervir de forma explosiva)

- Força de Contacto e Força de Salto

- Força como suporte condicional do futebolista

Treino Psicológico! Como fazer! Como treinar! Como tirar rendimento!

Treino, quando falamos nesta palavra, muitas vezes o nosso pensamento direciona-se predominantemente para conteúdos referentes à vertent...